Em 2022, no Piauí, cerca de 18,2% da população de 14 anos ou mais de idade estava envolvida com a produção de bens para o seu próprio consumo, constituindo-se no maior indicador do Brasil. As atividades para o próprio consumo envolvem: o cultivo, a pesca, caça e criação de animais, produção de carvão, fabricação de roupas, cerâmicas, rede de pesca, construção de casa/muro/telhado de sua própria moradia.
De 2019 a 2022, houve uma queda na proporção da população piauiense ocupada na confecção de bens de próprio consumo, tendo diminuído de 22,1% para 18,2%. Em termos de quantidade de pessoas envolvidas naquela ocupação, em 2019 havia cerca 569 mil pessoas, tendo caído em 2022 para 480 mil pessoas, redução da ordem de 89 mil pessoas. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, em seu módulo de pesquisa relativo a Outras Formas de Trabalho.
No Brasil, aproximadamente 6,8% da população se ocupa na produção de bens de próprio consumo, o que representa cerca de um terço da média registrada para o Piauí. O estado com a menor produção para o próprio consumo é o Rio de Janeiro, onde cerca de 1,9% da população está envolvida.
Ao se ponderar a produção para o próprio consumo por sexo, temos que, no Piauí, os homens estariam mais envolvidos naquela atividade do que as mulheres, pois 21,8% dos homens e 14,9% das mulheres piauienses estariam ocupados na produção de bens para próprio consumo. No tocante ao sexo, os indicadores do país também são menores que o do Piauí, pois 7,6% dos homens e 6,1% das mulheres brasileiras estariam envolvidos naquela atividade.
O grupo etário das pessoas de 25 a 49 anos é o que mais se ocupa da produção para o próprio consumo no Piauí, representando 47,7% do total de pessoas envolvidas na atividade. Na sequência vem as pessoas de 50 anos ou mais, com 40,2%, e as pessoas de 14 a 24 anos, com 12,1% do total de pessoas.
No Piauí, percebe-se que quanto menor o grau de instrução da pessoa, maior o envolvimento na realização de atividades para o próprio consumo. Assim, cerca de 28,4% das pessoas sem instrução ou apenas com o ensino fundamental incompleto realizavam aquelas atividades. Para as pessoas com ensino fundamental completo e médio incompleto esse indicador era de 16,2%, enquanto para as de ensino médio completo e superior incompleto era de 10,6%, e para as pessoas com ensino superior completo era de 3,9%.
Fonte: IBGE