A nova Maternidade Evangelina Rosa foi oficialmente inaugurada em Teresina nesta sexta-feira (28), em uma solenidade que contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do ministro do Desenvolvimento Social Wellington Dias (PT), além do governador Rafael Fonteles (PT).
A nova estrutura é uma das maiores maternidades públicas do Brasil e promete melhorar significativamente a assistência à saúde materno-infantil na região.
Em coletiva de imprensa, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que a inauguração marca o sonho de toda uma geração de profissionais da saúde e que a estrutura da nova maternidade Evangelina Rosa será uma referência para outras unidades de saúde desta área para todo o Brasil. A ministra ainda acrescentou que, do total de leitos, 44 equipamentos foram destinados pelo Governo Federal e que há uma perspectiva de ampliação de recursos para a unidade, além da habilitação de mais serviços.
“É uma alegria voltar a Teresina, já vim aqui quando era pesquisadora, na época com o governador Wellington Dias. Para mim, é uma grande satisfação, queria dizer a vocês que há uma referência no Piauí na área da Saúde. Essa é minha primeira visita como ministra. Essa maternidade representa, pelo que vi, a realização de um sonho de toda uma geração de profissionais. Queria apenas ressaltar que para o ministério da saúde, pelo que já foi retomado, de fortalecer a integralidade do SUS esse trabalho será uma referência, vamos acompanhar de perto e vamos dar um aporte. Aposto muito nesse trabalho de integração entre os poderes para uma saúde de qualidades”, disse.
Questionada pela imprensa, Nísia Trindade ainda comentou sobre o fato da nova maternidade ser gerida pela Organização Sem Fins Lucrativos (OS) Reabilitar e pontuou que, embora o ministério participe de discussões, a decisão sobre a administração das unidades de saúde é do governador do estado.
“Entendo que a questão da gestão hospitalar é sempre debatida pelo ministério, mas é uma competência dos estados”, pontuou.
Já o secretário estadual de Saúde, Antônio Luiz Soares, destacou que a nova maternidade vai impactar de forma significativa o atendimento às gestantes e bebês no Piauí.
“Queremos oferecer o melhor e mais moderno tratamento que existe no Brasil. Na antiga maternidade tem áreas que só tem lá e nem o privado oferece. Aqui além de mais qualidade, com maior tecnologia, teremos os melhores profissionais para o atendimento materno. Nesse primeiro momento vai funcionar a parte ambulatorial, de consultas e lavanderia, até novembro toda a maternidade estará em pleno funcionamento”, disse.
A maternidade contou com um investimento de R$ 129 milhões, sendo R$ 129 milhões do Governo do Estado e R$ 46 milhões do Tesouro da União. A obra também contou com emendas de bancadas destinadas por parlamentares piauienses. O complexo hospitalar possui 293 leitos, mais de 20 especialidade, e deve contar com 1.2 mil servidores, garantindo maior capacidade de atendimento às gestantes e recém-nascidos.
A grandiosa obra teve início em 2017 e se arrastou por pelo menos seis anos. Ainda em entrevista o secretário argumentou sobre o que levou a demora para a construção da obra: “No serviço público, tudo que envolve recursos federais e estaduais, é complicado, às vezes burocracia emperra, às vezes a construtora tem problemas, não é tão simples. O importante é que estamos inaugurado hoje para o povo do Piauí”, acrescentou.
De acordo o gestor, até novembro deste ano todos os serviços da antiga maternidade, localizada na avenida Higino Cunha, serão transferidos para a nova estrutura.
“A sequência é até outubro todas as atividades da maternidade na Higino Cunha serão transferidas para cá, então em novembro deste ano já estarão todas as ações e especialidades e tipos de trabalho na maternidade nova. Então em novembro estaremos com todo o potencial realizado aqui na maternidade”, complementou.
O secretário Antonio Luiz reforçou ainda que a transferência dos pacientes já está sendo tratada há um ano e que os profissionais de saúde estão capacitados para atuar na nova maternidade.
“A Associação Reabilitar já está quase um ano tratando sobre isso com as equipes técnicas da maternidade atual, as equipes foram treinadas aqui na maternidade nova, então tudo está sendo preparado com capacitação, treinamento, para que as transferências ocorram de maneira tranquila sem intercorrência”, acrescentou.
Paula Sampaio e Rebeca Lima
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